— Monóculo
Rio de Janeiro, anos 60, Getz/Gilberto a tocar num gira-discos. À volta de uma mesa a família Mendes revê as memórias que eternizou num monóculo, objeto fascinante que anos mais tarde se ia tornar uma espécie rara de memorabília.
É a partir do universo brasileiro do final do século XX, com as paisagens de Roberto Burle Marx musicadas pela Bossa Nova, que Ana Mendes vai resgatando reminiscências dos tempos de infância e das referências da mãe que imediatamente se tornaram suas. Cuscuz é a materialização de tudo isso.
Quando os caminhos de Ana Mendes e Matilde Cunha se cruzaram, tudo passou a fazer ainda mais sentido. Juntaram-se gostos, vontades e formas semelhantes de ver o Mundo. O design da Cuscuz e a fotografia de Matilde deram as mãos no primeiro encontro e não as voltaram a largar.
Numa visita à casa de Ana, Matilde descobriu as memórias eternizadas em monóculos de plástico nos anos 60, hoje assumidamente essa espécie rara de memorabília que permite um encontro íntimo a três — uma pessoa, um monóculo, a luz.